Acordei
até mais cedo do que o necessário, dia de fronteira sempre exige um tempo extra.
Aproveitei para caminhar pelo lugar e tirar algumas fotos. Tomei o café da
manhã e me despedi da equipe do Rock View . Rodas na estrada. Neste trecho
aparecem algumas fazendas e encontrei alguns caminhões transportando pessoas,
provavelmente trabalhadores rurais e também estudantes. Mantive o costume de
fazer muitas paradas para beber água, apesar do clima agradável desse dia,
temperatura amena. A paisagem me distraiu tanto que de repente apareceu uma placa “Bonfim 5 Km”. Gritei dentro do capacete comemorando o final
da etapa mais desafiadora da viagem, em 5 Km estaria novamente no Brasil.
Logo
cheguei ao asfalto e a Lethem, última cidade da Guiana. Fiz a saída da moto e
carimbei o passaporte. Vendi meus últimos dólares guianenses e segui para a
ponte que liga os dois países. Passei pela famosa estrutura que inverte a mão
inglesa e voltei a rodar pela direita da pista. Na aduana brasileira, nada a
declarar, parei pouco à frente para trocar as pilhas do GPS. Veio falar comigo
o Diego, motociclista também, me indicou o Hotel Magna em Boa Vista, suspeitei
que era o mesmo que eu já havia me hospedado em 2010. Cheguei em Boa Vista, e
de memória encontrei o hotel, bingo, esse mesmo. Hoje o dia rendeu, ganhei mais
uma hora no fuso. Instalei-me no hotel Magna e comecei a operação limpeza.
Fiquei somente com roupa do corpo, a mais limpa que havia, e o restante foi
para a lavanderia. Almocei perto do hotel, num típico quilo com churrasco brasileiro.
A tarde eu dediquei à moto. Uma boa lavagem, uma câmara nova para o pneu
dianteiro e troca de óleo. Voltei para a pousada para terminar a limpeza, lavei
as botas e a bagagem que pegou pó. Deveres cumpridos sentei na lanchonete do
hotel para tomar um suco e bater um papo.
Conheci dois fazendeiros do Paraná que estavam lá visitando terras para
comprar. Parece ser um bom negócio. O jantar foi numa pizzaria perto do
monumento do 3º Milênio.
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