terça-feira, 24 de dezembro de 2013

15/10/2013 – Terça-Feira - Navio - Belém - Macapá

Acordei cedo, como todos no navio. Tomei café e desci para escovar os dentes e usar o banheiro do convés onde estava a moto, adivinhem: Toneladas de açaí trancando a passagem da moto. Isso seria um problema para depois. Dá uma olhada nos cestos de açaí que foram embarcados durante a noite:
Os cestos são chamados de paneiros
         Eu circulo muito no barco, tem gente que fica na rede a viagem toda, eu não aguento. E segue a viagem, conversa daqui, conversa dali, fiquei sabendo que o navio teve problemas de madrugada, que atrasou ainda mais a viagem. Aí o barco para, no meio de um canal estreito, todo mundo achando que é uma nova pane, o comandante manobra o navio e embica na barranca do rio. A cozinheira vai até a frente do barco e pega alguns limões no barranco! O cara manobra toneladas de carga e pessoas para colher limão! Só aqui para ver isso. Não contente ainda manobrou novamente para encostar num pé de açaí. Está aí a prova!
Com todas essas peripécias chegamos a Macapá 13:30h (o planejado seria 10:00h). Lembram do Açaí?

  

   Imaginem que o processo de descarga é manual e não é só descarregar. Tem que tirar
do paneiro e passar para a lata e da lata para o saco. O que já estava no saco foi retirado do saco, passado para o paneiro, do paneiro para a lata e da lata para o saco novamente.












E eu ali, preso e assistindo essa cadeia no mínimo contraproducente. Fiquei esperando, conversei com mais um tanto de gente, ouvi histórias, soube quanto custa o paneiro de açaí, o frete, quanto rende etc. 16:30h liberado para sair, desci a prancha feito uma flecha, alto estilo, cena típica que pode acabar no Faustão. Mas deu tudo certo. Segui meu rumo do porto de Santana para Macapá. A gente chega na cidade exatamente no Marco Zero, já parei e fiz a visita. Tirei foto no hemisfério Norte, Sul, sobre a linha do Equador, segurando o monumento, maior que o monumento, aquilo tudo que turista faz. Agradecimento especial à guia de turismo que trabalha no monumento e tirou as fotos!


Do Marco Zero segui para a Fortaleza de São José, horário bom para fotos, luz dourada. Parecia um caubói espacial, roupa preta, jaqueta, coturno e um chapéu de lona, a galera do futebol até parou de jogar com a aparição desse estranho ser!

         Peguei um hotel na orla, próximo à Fortaleza. Macapá tem uma orla muito bonita, à noite muitas pessoas correm, outras caminham. No forte muita gente pelos gramados, os donos das carrocinhas de refri e sanduíches colocam cadeiras e tapetes no gramado para o povo ficar por ali. Muito bacana! Ainda tinha o pessoal dos patins, das bicicletas e do skate. Jantar japonês e um sorvete de açaí, pronto para cama.

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