Os
cestos são chamados de paneiros
Eu circulo muito no barco, tem gente
que fica na rede a viagem toda, eu não aguento. E segue a viagem, conversa
daqui, conversa dali, fiquei sabendo que o navio teve problemas de madrugada,
que atrasou ainda mais a viagem. Aí o barco para, no meio de um canal estreito,
todo mundo achando que é uma nova pane, o comandante manobra o navio e embica
na barranca do rio. A cozinheira vai até a frente do barco e pega alguns limões
no barranco! O cara manobra toneladas de carga e pessoas para colher limão! Só
aqui para ver isso. Não contente ainda manobrou novamente para encostar num pé
de açaí. Está aí a prova!
Com todas essas peripécias chegamos a Macapá
13:30h (o planejado seria 10:00h). Lembram do Açaí?
Imaginem que o processo de descarga é manual e não é só descarregar. Tem que tirar
do paneiro e passar para a lata e da lata para o saco. O que já estava no saco foi retirado do saco, passado para o paneiro, do paneiro para a lata e da lata para o saco novamente.
E
eu ali, preso e assistindo essa cadeia no mínimo contraproducente. Fiquei
esperando, conversei com mais um tanto de gente, ouvi histórias, soube quanto
custa o paneiro de açaí, o frete, quanto rende etc. 16:30h liberado para sair,
desci a prancha feito uma flecha, alto estilo, cena típica que pode acabar no
Faustão. Mas deu tudo certo. Segui meu rumo do porto de Santana para Macapá. A
gente chega na cidade exatamente no Marco Zero, já parei e fiz a visita. Tirei
foto no hemisfério Norte, Sul, sobre a linha do Equador, segurando o monumento,
maior que o monumento, aquilo tudo que turista faz. Agradecimento especial à guia de turismo que trabalha no monumento e tirou as fotos!
Do Marco Zero segui para a
Fortaleza de São José, horário bom para fotos, luz dourada. Parecia um caubói
espacial, roupa preta, jaqueta, coturno e um chapéu de lona, a galera do
futebol até parou de jogar com a aparição desse estranho ser!
Peguei um hotel na orla, próximo à
Fortaleza. Macapá tem uma orla muito bonita, à noite muitas pessoas correm,
outras caminham. No forte muita gente pelos gramados, os donos das carrocinhas
de refri e sanduíches colocam cadeiras e tapetes no gramado para o povo ficar
por ali. Muito bacana! Ainda tinha o pessoal dos patins, das bicicletas e do
skate. Jantar japonês e um sorvete de açaí, pronto para cama.
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