Acordei
6:00, arrumei a bagagem na moto e o cozinheiro do hotel me preparou um café e
dois sanduiches. Comi um e ele fez questão que eu levasse o outro. Segui para a
fronteira, que é marcada pelo Rio Corentyne, cheguei na imigração e era o
terceiro da fila dos carros. Foram chegando muitas lotações trazendo pessoas de
Paramaribo, na maioria brasileiros que atravessam a fronteira para logo em
seguida voltar ao Suriname e carimbar o passaporte com um visto de mais 90 dias
de permanência no país. Quando a imigração abriu foi uma debandada de gente. Eu
ainda tive que estacionar a moto e fui para a fila comprar a passagem. Processo
manual e demorado, passagem na mão fiz a saída da moto na Aduana e depois a
imigração. Liberado para o embarque segui para a balsa. Cruzamos o rio e
chegando do outro lado, o pessoal já se aglomerou na saída da balsa. Mal baixou
a rampa, nova debandada. Fiquei por último na fila.
Falei
com outros motoristas e todos tinham comprado seguro para a Guiana em
Paramaribo, eu não. O resultado foi correria e perda de tempo. Deixei a moto no
estacionamento da fronteira e tomei um táxi para comprar o seguro em
Corriverton, só que a cidade fica longe e levamos quase 30 minutos para chegar
ao escritório da seguradora. O processo foi todo manual e eu e o taxista
agoniados para voltar à Aduana antes que os agentes saíssem para o almoço.
Enquanto aguardava a papelada, a vigilante do escritório disse que me amava e
queria casar comigo. Será que sairei solteiro dessa viagem? Não percam os
próximos capítulos! Tudo pronto, saímos em ritmo acelerado para a fronteira,
não entendia quase nada do que o taxista falava e perguntei se ele tinha
certeza se ali se falava inglês, ele sorriu e disse “Sim inglês .” Voltamos à
Aduana e os agentes não estavam mais lá. Esperei mais de uma hora, lembrei do
sanduíche na mochila e ele foi meu almoço. Logo que os agentes chegaram
liberaram a moto sem maiores burocracias, estando com o seguro em mãos tudo vai
bem. Ainda tive que aguardar a chegada dos funcionários da balsa para dar a
entrada da moto num livro preto. Da fronteira até Georgetown são apenas 190 Km. O que você não sabe é que a velocidade média neste
trecho é de 50Km/h.
Depois de toda essa epopeia cheguei a Georgetown na hora do rush, quando o
comércio está fechando.
Minha
primeira opção de hospedagem estava lotada e segui para outro hotel da mesma
rede, uma pousada. Me instalei e comecei a ligar para as agências de turismo em
busca do passeio à Kaieteur Falls, cachoeira com 226 metros de queda,
classificada como uma das mais belas do mundo. Somente uma agência atendeu, no
momento sem vagas. Deixei meu contato e o interesse de fazer o passeio no
Domingo.
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