terça-feira, 24 de dezembro de 2013

17/10/2013 – Quinta-Feira - Calçoene - Oiapoque

Meu plano de passar uma noite em Calçoene tinha uma razão, conhecer o Parque Arqueológico do Solstício, a Stonehenge Brasileira! Acordei cedo, arrumei as tralhas e, seguindo algumas indicações, errando e voltando, encontrei o lugar. Por que não colocam placas? Este lugar está descrito em todos os guias do Amapá, mas não tem uma placa indicando o caminho.

      
Chegando lá encontrei o seu Garrafinha, o guarda-parque cuja história se mistura com a do sítio arqueológico. Ele vive lá com a companheira, Dona Nilza. Cuida sozinho de tudo, mantém o roçado, conserta cerca, explica tudo o que os arqueólogos já descobriram e o que ainda é mistério, ele mesmo é o maior estudioso das pedras, passou anos analisando o movimento do sol em relação à elas. Também é poeta. O homem é uma lenda viva! Muito lindo e acolhedor o lugar, valeu a visita.

Deixei o sítio arqueológico e voltei à Calçoene, completei o tanque da moto, coloquei alguma gasolina no galão reserva e um lanche na bagagem, tracei meu rumo ao Oiapoque. Esse trecho de 220km tem 110km que ainda são de terra. Os primeiros 40km são de médio a ruim, com buracos, depois fica um estradão de chão, muito bom de rodar. O único perigo são as camionetes que fazem esse trecho e andam muito rápido.


















Cheguei novamente no asfalto, último trecho, 50km até o Oiapoque, fiquei emocionado, coisa besta esta chegar nos pontos extremos do País, mas de alguma forma é uma conquista, a realização de um desejo que eu alimentava há anos.













Estive aí, no Oiapoque! 

Uma das fronteiras Brasileiras mais remotas que um  veículo pode chegar!
Pensava em seguir no mesmo dia para a Guiana, mas a balsa só tinha viagem para a manhã do dia seguinte. isso foi bom, tive tempo de visitar o Kuahí , Museu dos Povos Indígenas do Oiapoque, que tem em seu acervo algumas peças retiradas do sítio arqueológico de Calçoene que eu havia visitado pela manhã.


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